- COMO SERIA SE PODESSEMOS PARAR NO TEMPO E RECUAR VEZES SEM CONTA PARA VIVER DE NOVO AQUELE MOMENTO QUE SABEMOS QUE NÃO VAMOS ESQUECER, MAS QUE MESMO SABENDO ISSO QUEREMOS SEMPRE VIVE-LO OUTRA VEZ?

domingo, 10 de maio de 2009

De volta.

Hoje foi o dia do regresso. Estar em Veneza e Jesi foi de mais, mesmo. Adorei nunca tava a espera que jesi, essa cidadesinha no cu de judas fosse tão bonita e que tinha um teatro muito para lá de belo onde assisti a uma grande ópera. Coisa que nao estava a espera.


Contudo o tempo já estava a passar muito devegar . Já sentia a falta do meu espaço. Por mais que tenha gostado de Itália, e de estar a conviver diariamente com professores e colegas de turma, sentia falta do meu espaço, do meu lugar, do meu sitio, onde eu podia-me expressar (raiva ou alegria, risos ou choro) sem que niguem se chegasse ao pé de mim e disse-se " não penses mais disso" ou entao " tem calma"


Por isso, e por tambem não querer estar a ser mal educada com pessoas com quem gosto de estar mas que sem querer e sem se aperceberem estavam a invadir o meu espaço, calei-me. Engoli o choro que queria deitar cá para fora, e aguentei.

Cada dia que passava parecia que custava mais, mas mesmo assim nao o fiz. O dia estava-se a aproximar, e cada vez me custava mais. Até que um dia, no autocarro enquanto percorriamos as ruas de Ancona, sem me aperceber o meu olho esquerdo encheu-se de lágrima, e continuamente o direito também. E sem conter as minhas forças elas cairam. Tive cuidado para nao fazer muito barulho e como estava sozinha no banco deu para disfarçar.

A viagem de volta ao hotel ainda foi demorada e por isso deu para secar bem o rosto e nao esfregar os olhos para nao ficarem inchados. Sinto a sua falta como nunca tinha sentido. E mesmo sabendo que nunca mais o voltaria a ver perguntava se naquele momento me estaria a ver e se estaria a gostar de ver o caminho que estou a seguir.

Senti um vazio enorme no peito, algo que nunca tinha sentido. Durante toda a semana sabia que o dia em que fizera meio ano que me tinha abandonado estava a chegar e, por e simplesmente quando chegou o dia eu esqueci-me.

Intrepetei isso como uma resposta dele. O facto de sentir que nao quer que chore por ele faz-me sentir mais a sua falta.



De volta a portugal, abracei aquela de quem mais tinha saudades e, ao chegar a casa agarrei-me ao meu cão com unhas e dentes a brincar com ele.


Nunca vai deixar de ser o pai e o homem mais lutador que alguma vez vira, o melhor pai que algumas existiu.

3 comentários:

  1. Como eu te Compreendo... A falta do Pai é uma das dores mais profundas que se pode ter ou sentir... Sim eu também tenho Saudades do meu pai... de lhe tocar... mas Ele apenas resolveu embarcar para a terra dos Anjos sem sequer pedir autorização... SAUDADES...

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  2. Fizeste uma coisa que um dia também gostava de fazer... uma viagem por Itália... Desde há muitos anos sinto um fascínio enorme por esse país...mas não são só a cultura, monumentos e museus...mas sim tudo, desde o interior, o litoral, os costumes, a língua e usos...ou seja, o viver daquela gente...
    O sentir não se apaga...e é essa chama que interpretamos como dor e saudade que faz as pessoas realmente importantes na nossa vida continuarem vivas e estarem a cada momento junto de nós.
    Não desanimes, nunca...
    Haverá sempre um anjo a olhar por ti, tenho a certeza disso!

    Beijinhos

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  3. Itália não se esquece!
    Obrigada por te juntares ao meu blog.
    Não sei como conseguiste, porque já não tenho essa opção.
    Bj

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